quarta-feira, 25 de novembro de 2015

[Resenha 36] Gênesis - Bernard Beckett

*** U-A-U. Há tempos que um livro profundo não mexia tanto comigo...***


"Gênesis" de Bernard Becket.
Editora Intrínseca. 
173 páginas.

Sinopse (da contracapa do livro): Em uma Terra devastada nasce uma nova sociedade. Separados do mundo exterior por uma cerca em pleno oceano, seus habitantes vivem em absoluto isolamento - aviões que se aproximam são abatidos; refugiados, executados. Até que um soldado escolhe romper com as regras e, em vez de disparar, resgata das águas uma menina. Ele muda para sempre o curso da história.

Para ser a sinopse provida pelo Skoob, clique aqui, mas aviso: contém SPOILERS. Há mais informações sobre a trama nas orelhas do livro, mas também contem informações que podem ser consideradas spoilers.

Opinião:
Cheguei a esse livro através do Booktube (canais de pessoas que falam sobre livros no YouTube). Vi numa resenha do "Estante da Nine" e também vi no "Estante Alada", mas já tinha visto em alguns outros que agora não lembro.

Não costumo gostar de distopias e era isso que eu achei que o livro fosse no começo. Ele é, sim, primordialmente uma distopia, mas não é SOMENTE isso. Se você não gosta de distopias, normalmente, não tem problema. 

Apenas uma semana depois de ter lido o livro, eu já tinha feito uma pessoa ler e recomendado para outras 7, incluindo colegas de trabalho, alunos, fisioterapeuta e terapeuta. Eu GOSTEI MUITO desse livro. Um dos melhores - se não O Melhor - que li em 2015. Surpreendeu muito e me tirou de um restinho de ressaca literária em que eu nem percebia que estava.

Tudo que eu sabia, ao começar a história, além da sinopse no próprio livro era que era um livro com um final SURPREENDENTE. Todo mundo que eu ouvia comentar sobre ele, dizia isso, e mesmo esperando me surpreender, eu tive uma grande surpresa. 

O livro é curto, mas nem assim deixa a desejar. A história começa com Anaximandra contando que vai participar de uma prova oral para ser admitida na Academia. Ela tem que dissertar para três examinadores, sobre o assunto que ela escolheu: a vida de Adam Forde. 

O livro alterna a narração sobre a personagem principal na prova e o diálogo entre Anaximandra e os Examinadores, no qual ela narra sobre Adam Forde. Como a prova de Anaximandra é oral em 4 horas, os capítulos são divididos em: Primeira Hora, Primeiro Intervalo; Segunda Hora, Segundo intervalo; Terceira Hora, Terceiro Intervalo e Quarta Hora. 

Anaximandra não esperava que os Examinadores pedisse para ela contar sobre as circunstâncias que levaram a formação da República, fato que muito precedeu o nascimento de Adam Forde. Ela parece se virar bem, e então começa a contar sobre Adam. É assim que somos expostos a história de Adam Forde.

Se você também achou que Anaximandra parece um nome da Antiguidade Clássica, e que deve ter algum significado na filosofia, está correto. Outros nomes com significados ocultos aparecem, mas fugi de pesquisá-los no Google até ter terminado o livro, para não pegar nenhum "spoiler". 

Sinto que se eu falar - sobre a capa, o enredo, o significado oculto - ou contar muito mais sobre o livro, poderei estar estragando a leitura. Se vocês prometerem lê-lo, paro por aqui. 

Promete?
Mesmo?
Boa leitura, então. 
Depois que você terminar e estiver surtando pelo final, pode vir falar comigo sobre ele. 

=) 

Recomendaria?? Sim, recomendo muito. Gostei demais, me abriu o apetite literário e depois dele já li outros 3 livros em novembro! Estava com ritmo bem lento de leitura durante o ano todo! Agora além disso, comecei a não depreciar tanto distopias e fiquei curiosa por outro gênero literário, que aparece nesse livro também e sempre gostei , mas nunca explorei direito.

Releria?? Sim! Quase comecei a reler no instante em que terminei, para rever alguns detalhes, mas deixarei para outra oportunidade.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

[Resenha 35] Calafrio - Maggie Stiefvater (Os lobos de Mercy Falls #01)

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*** Talvez Crepúsculo com Lobos? Talvez Teen Wolf em Livro? ***


Série "Os Lobos de Mercy Falls":
1. Calafrio (Shiver)
2. Espera (Linger)
3. Sempre (Forever)
4. Perdido (Sinner)

** Todos os livros já foram lançados, também em português. Série terminada **

Sinopse: Quando chega o inverno, Grace é atraída pela presença familiar dos lobos que vivem no bosque atrás de sua casa. Ela espera ansiosamente pelo frio desde que fitou pela primeira vez os profundos olhos amarelos de um dos lobos e sobreviveu ao ataque de uma alcateia. Esses mesmos olhos brilhantes ela encontraria mais tarde em Sam, um rapaz que cresceu vivendo duas vidas - uma normal, sob o sol, e outra no inverno, quando vestia a pele do animal feroz que, certa vez, encontrou aquela garota sem medo. Tudo o que Sam deseja é que Grace o reconheça em sua forma humana, e para isso bastaria que trocassem um único olhar. Mas o tempo de Sam está acabando. Ele não sabe até quando manterá a dupla aparência e quando se tornará um lobo para sempre. Enquanto buscam uma maneira de para torná-lo humano para sempre, têm de enfrentar a incompreensão da cidade, que vê nos lobos um perigo a ser combatido. 

Opinião: 
Há tempo eu ouvia falar desse livro e dessa autora. O comentário geral era que ambos eram ótimos.  Achei "Calafrio" ótimo? Não. Achei bonzinho. 

A leitura para mim fluiu bem. A escrita (e a tradução) é boa, fácil de compreender, nada rebuscada. Me incomodou a semelhança em vários momentos com Crepúsculo, o início perturbador da trama e o final sem noção

A escola, a garota filha única com pais que não dão bola, o elemento sobrenatural (nesse livro são somente lobisomens e não vampiros, mas ok) e muito mais. Não chega a ser fanfic de Crepúsculo e não é completamente igual, mas um olhar atento percebe várias similaridades.

O livro alterna pontos de vista (p.o.v.) de Grace e Sam, e isso foi legal para esse livro. O começo é meio complicado de entender, porque estamos na cabeça de Sam, e só depois de um tempo percebemos que é enquanto ele é lobo. Sam e Grace começam nos contando que quando Grace era criança, ela foi atacada por lobos (que eram lobisomens) na floresta perto de sua casa. 

Grace poderia ter morrido lá. Poderia ter sido comida por eles. O estranho foi que ao invés de a garota atacada ter ficado com medo de lobos e da floresta, ou ter virado lobo devido a mordida, ela desenvolveu uma obsessão pelo lobo que mal e mal a salvou dos outros. Ela meio que se apaixona pelo lobo Sam, sem saber que ele era lobisomem. Ela observa o lobo de modo romântico e o aguarda em sua varanda. 

Ela não se transforma em lobo, apesar de ter sido mordida suficientemente para isso e este é um detalhe importante para o final deste livro, o primeiro de uma série inicialmente escrita como uma trilogia. 

Outra coisa, apesar de boba, que me desagradou, foi a descrição de Sam. Eu sempre pensava nele como tendo um daqueles penteados antiquados, da década de 50, tipo Beatles. Eu imaginava Sam como um esquisitinho, magricelo e não um cara poderoso. Edward Cullen pode não ser machão, mas ao menos não é esquisitinho... Sam nem chegaria aos pés de Jacob Black ou até mesmo do Scott, da série infanto-juvenil Teen Wolf. 


No centro, Scott, o  "lobisomem juvenil", seu melhor amigo e sua namorada.
Dylan O'Brien, o amigo, é protagonista dos filmes "Maze Runner".

Falando em Teen Wolf, eu tenho assistido a série, estou no começo e o livro tem muitas similaridades com ela também. 

Eu esperava muito mais de "Calafrio" e de Maggie Stiefvater! Muita gente diz que essa série não é a melhor dela e citam "Os Garotos Corvos" (livro um de série de 4) e "A corrida de escorpião" (livro único) como as melhores obras da autora. 



Eu tenho "Os garotos Corvos" na minha estante. A capa é linda e a história parece confusa, se lemos apenas a sinopse, mas só ouço gente falar que é maravilhosa. Também tenho muita curiosidade em ler "A corrida de escorpião", parece uma ótima aventura.


Livros 1 e 2 da série de 4 livros da Saga dos Corvos
Capa do terceiro livro da Saga dos Corvos
Estou confiando que essa nova série da autora será melhor que a de "Calafrio". 

Ah, falando em calafrios! A mitologia que conhecemos dos lobos é totalmente modificada nesse livro. Nada de transformações em noites de lua cheia (ou à bel prazer como em Crepúsculo). 

"Calafrio" tem esse título porque o que faz com que o lobisomem mude, após ter sido mordido é o frio! Sam e os outros lobos passam o inverno inteiro transformados em lobos e o verão e primavera como homens. Além disso, eles tem um número limitado de anos em que se transformarão. Depois disso, não retornarão a ser humanos. Isso me fez ficar confusa e decepcionada, já que pensei que o título era devido a "dar medo", "ser horripilante" e daria calafrios por causa disso. Acabei tendo um romancinho água com açúcar, com um lobisomem nada másculo que sente medo do frio. Infelizmente.

Para terminar, apesar de eu ter gostado de Grace e Sam, não fiquei torceeeeendo por eles. Gostei mais de outros personagens, como Isabel, Beck e Olivia, que não foram explorados na história.

Falei mais acima que achei o final sem noção. Senti que tudo se desenrolou de modo muito "fácil" e rápido. Esperei que depois da resolução do problema alguma reviravolta desse mais gás ao final, linkando aos outros livros a seguir, mas não. O final acabou tão bem, que eu sinceramente não vi necessidade de outros livros. 

Recomendaria?? Sinceramente, não sei. Acho que se me perguntarem sobre ele, até falaria bem. Mas não vou recomendar por livre e espontânea vontade para ninguém não... Talvez para fãs de Crepúsculo, provavelmente mais para pré-adolescentes e adolescentes.

Releria?? Não. E também não tenho plano algum de continuar a série.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

[Curiosidades 10] Pensando sobre series de livros

Quem aí gosta de séries??


Eu gosto, mesmo que esteja começando a cansar delas. Se você costuma vir aqui, já até deve saber algumas das minhas preferidas, nos estilos fantasia e romance.

Estava escrevendo sobre livros únicos para um Top 5, quando percebi a quantidade de diferentes estilos de séries! E eu nem estou falando no sentido de: trilogias, duologias ou "várioslogias", mas sim de linearidade da trama e de outros modos de organização dos livros. 

O tipo de série mais comum é o estilo linear, em que ficamos pendentes até o ultimo livro para saber o desfecho de uma história. Tem aqueles autores que são MAUS e que acabam o livro num "cliffhanger" (pronúncia: clif-rén-guer; tradução literal: à beira do precipício), nos deixando num momento de "puta merda, preciso do próximo livro A-G-O-R-A". Sabe como é, né? 

Tenho evitado começar séries deste estilo até que todos os livros tenham sido lançados por dois motivos: 1) para evitar a espera agoniante e 2) porque minha memória é ruim, e eu acabo tendo que reler o livro antes de ir adiante num novo volume da série, para lembrar de todos os detalhes.

Boas séries de estilo linear que eu recomendo e que já tem todos os livros publicados são "Harry Potter" da J.K. Rowling, com 7 livros, "House of Night" da P. C. Cast & Kristin Cast, com 12 livros (e 12 cliffhanger pra mim... =S), "Os instrumentos mortais" da Cassandra Clare, com 6 livros e "Academia de Vampiros" da Richelle Mead, também com 6 livros.

Alguns autores fazem séries com
 primeiros livros que podem ser lidos como únicos ou pelo menos que eu considero que não necessitariam de continuação - mesmo que haja ganchos para que o autor o faça. Neste caso, li recentemente "O beijo das sombras" (Academia de vampiros #01), "Ecos da Morte" (The Body Finder #01) e "Atraído" (Tangled #01). 

Também há aquelas séries sem ser série, mas que acabam sendo chamadas assim porque tem uma temática em comum e em cada volume tem uma história diferente. Isso acontece na série "Deusa" (ou Goddess, com 7 livros relacionados a mitologia grega) da minha autora preferida P.C. Cast, e a série "Losing it" de livros New Adult da autora Cora Carmack que ainda não li mas me interessei (com "Perdendo-me", "Fingindo" e "Encontrando-me", lançados recentemente). 

Não poderia deixar de mencionar as 
séries românticas que acompanham membros de uma família ou de um grupo de indivíduos relacionados que "encontram o amor em tandem", um após o outro. Nessa onda temos muitas séries da Nora Roberts e outras divas do romance (gente nunca li nada da Nora Roberts, que vergonha), a série "Irmãos Maddox", da Jamie McGuire, derivada da série de estilo linear "Belo Desastre" (sobre os irmãos do Travis, já foram publicados em português "Bela Distração" e "Bela Redenção") e também a série "Homens Marcados" da ótima Jay Crownover

Primeiras capas brasileiras da série Irmãos Sullivan

Nesse estilo, também não posso esquecer de mencionar as séries "Irmãos Sullivan" (irmãos) e "Irresistível" (grupo de amigos) que resenhei aqui no blog, em conjunto. 

Capas brasileiras dos seis primeiros livros da Série Irresistível


Há uma modinha recente, que sinceramente não tem me agradado: a de escrever o "mesmo livro sob a perspectiva de outro personagem". Acaba virando uma série também! Essa outra visão acaba adicionando alguns detalhes, mas não gosto muito de reler tudo que já conheço. Exemplos disso são "Easy" e "Breakable", primeiros livros da série "Contornos do Coração" (ainda não li Breakable, mas tenho na estante) da autora Tammara Webber, e a série "Perdida" (com "Perdida", "Encontrada" e "Destinado" da autora nacional Carina Rissi).



As coisas não param por aí. Se formos levar a sério essas divisões que criei, também vemos que estes tipos de série se entrelaçam. Por exemplo, a recém mencionada série "Perdida": o primeiro e o segundo livro, "Encontrada" são histórias lineares contada por Sofia e o terceiro livro é a visão de Ian sobre a história do segundo livro. O mesmo ocorre com a série "Slammed", com "Métrica", "Pausa" e "Esta Garota", da autora Colleen Hoover, sendo que os dois primeiros são contados linearmente pela personagem Layken e o terceiro e último é a recontagem com alguns detalhes extras dos primeiros livros.

Ultimamente, tenho gostado mais do estilo de série que tem os indivíduos relacionados, mas que podem ser lidos como livros únicos, e ainda gosto bastante do bom e velho estilo linear comum, mas presto atenção se todos ou ao menos boa parte dos livros da série já foram lançados, para não passar perrengue de ficar "pendurada em um penhasco", rsrsrs

Surgidas no pós-enxurrada de séries, hoje em dia temos um novo tipo de série que são chamadas de "spin-off" (pronúncia: spinófi; tradução literal: girar para fora), termo usado para programas de tevê ou rádio, derivados de um outro programa. Séries de livro também tem feito isso. São novas 
séries que são derivadas de outras antecedentes. O primeiro caso que me lembro é da série "Bloodlines" da autora Richelle Mead, que conta sobre uma personagem diferente e secundária da trama da série "Academia de vampiros", mas há outros casos, como o caso da série "The Originals" que é spin-off da série "Diários do vampiro" da autora L. J. Smith e o da já mencionada série "Irmãos Maddox", que é spin-off da série "Belo Desastre", da autora Jamie McGuire.

As séries Diários do Vampiro e The Originals viraram seriados de tevê

Acho que dava para falar muito mais sobre esse assunto, não é? E acho importante me informar direitinho antes de começar uma série, para não ter surpresas nesse quesito depois. Até porque, uma boa série de livros tem seu valor... 


E aí, qual seu estilo preferido de série? 
Você acha que esqueci de algum?
Espero que não... =) 

Nem todas as séries citadas acima foram lidas por mim. Só foram usadas para exemplificar! As séries que tem livros já resenhados por mim, deixei o link, caso vocês tenham curiosidade.

E, antes de ir, deixo o convite e o PEDIDO: Recomende-me alguma série! Com certeza você também tem sua série queridinha, não é?  Comente! =D

Até a próxima!