quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

[Resenha 18 - BR] A Aposta - Vanessa Bosso

*** Romance brasileiro bem estruturado que agrada sem esforço ***


SinopseUma viagem de formatura. Uma aposta perigosa. Lex, o galinha do colégio, terá apenas sete dias para derreter o congelado coração de Nina, a garota que odeia quem use cuecas. Nina enlouquece quando descobre sobre a grande aposta do ano. E agora ela quer sangue: o sangue de Lex. Em meio a chantagens, intrigas, vinganças, diálogos ácidos, aventuras, romance e momentos hilários, as páginas desse livro entrarão em combustão espontânea. Quem sairá vencedor? Façam suas apostas. O jogo de sedução está prestes a começar. (Livro disponível no formato e-book na Amazon.com.br: http://www.amazon.com.br/A-Aposta-ebook/dp/B00C0X8U66/)


Opinião: Não tem comparação:"A Aposta" de Vanessa Bosso é bem melhor que o outro romance brasileiro que li este ano "Louca por você (A. C. Meyer) que já resenhei aqui no blog. Ambos os romances são de comédia romântica, escritos por autoras brasileiras contemporâneas, em português. É aí que param as coincidências completas. Ambos sucintos e de poucas páginas, mas este não é superficial como o outro. Enquanto o outro peca em vários momentos, "A Aposta" ganha nota A em todos os quesitos. Quer apostar?  =P

"A Aposta" tem uma coisa que me agrada muito (e parece estar se tornando tendência - oba!): os personagens coadjuvantes não são apenas moldura para os protagonistas. Eles são bem desenvolvidos. Isso é um ponto importante para mim, e tento tomar cuidado com isso quando escrevo minhas histórias também.

"A Aposta". assim como o título do outro romance que comentei, também não é um título nada criativo. Apesar de cair muito bem para a história e eu mesma não conseguir pensar em outro título melhor, pois este romance é recheado de apostas e apostadores, há pelo menos, segundo o Skoob, por volta de 20 obras com este nome, incluindo um de Clara de Assis, que autora de quem tenho ouvido falar bem e um de Rachel Van Dyken que vive aparecendo na minha frente em livrarias que frequento, virtuais ou físicas.

Dois pontos fortes de "A Aposta" que me agradaram muito: 
- O Brasil. O romance é brasileiro. Os personagens tem nomes brasileiros (Alexandre, Nina, Nathália, Laís, Bruno, etc) e a ação começa em São Paulo. Poderia se passar em qualquer lugar do mundo, devido à universalidade do tema. Voltando à comparação, isso foi um dos pontos que mais me desgostou na outra leitura. 

- A narração. A narradora é presente e intrometida. Me senti como se estivesse assistindo a um filme com uma amiga, e pra falar bem a verdade, achei bastante legal, apesar de ter estranhado um pouco no inicio.

Claaaaaro que "A Aposta" não deve ganhar nenhum prêmio por originalidade, mas é um ótimo passatempo. Os personagens são bem construídos. O livro não é monótono, é recheado de reviravoltas, e principalmente por isso que eu gostei tanto. Não sei como é o processo criativo da autora, mas seja como for, o livro pareceu muito bem estruturado, ainda que a premissa inicial seja simples. E não estou dizendo que este "simples" é ruim. Estou elogiando, porque muitas vezes, uma premissa simples leva a uma história fraca, portanto muitas pessoas pensam que, para se ter uma história forte, precisa-se de uma premissa, um argumento muito elaborados e não é verdade. "A Aposta" prova isso.

Sem dar muitas informações da trama, como sempre, mas acho digno de nota para as apreciadoras de "Chick- Lit Brasileira Atual" que esse livro em alguns momentos, principalmente me lembrou de "Do Seu Lado", da (sumida, né?) autora Fernanda Saads. Acho que apesar de "Do Seu lado" ter sido um divisor de águas (minha primeira incursão  em literatura feminina contemporanea brasileira, devorado em apenas em uma tarde #ficadica), "A Aposta" ficou mais bem finalizado e pareceu mais recheado e com uma trama menos superficialmente abordada.

Na verdade estou batalhando com a continuação. Explico melhor: Senti que, ao fim de "A Aposta" não achei necessária uma continuação, mas já que foi feita "A Aposta 2" e eu curti tanto o primeiro, lá fui eu!

Aí eu tenho que ser sincera: não estou achando tão legal quanto o primeiro. Estou enrolando para terminar, enquanto o "A Aposta" eu li em poucas horas. Acho que me enchi um pouco da "Kibi" e achei nada a ver reencontrá-la ainda tão bitolada em "A Aposta 2". 

Busquei saber mais sobre a autora Vanessa Bosso e encontrei alguns outros títulos bem legais, incluindo o livro "o Homem perfeito", que já está na minha estante e alta pilha de espera. Fica aí o link para conferir a sinopse e a fotchinho da capa bem divertida e totalmente "chick-lit" para as apreciadoras!



Recomendaria? Sim, recomendo sem poréns. 

Releria? Acho que sim, mas provável que não. Acho que vou em frente, já que há tantas outras histórias legais da autora pra serem exploradas!

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Minha Premiação "Oscar" Literário 2015

Oi leitores!
Hoje é dia de Oscar Cinematográfico e Literário para mim!
Comecei recentemente a publicar resenhas de filmes e espero que vocês curtam elas também.
Resolvi fazer um Oscar, uma premiação para eleger os melhores, entre os livros lidos no ano anterior (2014). Em 2014 li 51 livros, sendo 12 deles releitura, ou seja 39 novos livros.

Melhor livro (filme):  "Todo Dia", David Levithan

Teve poucos mas mais de um livro que eu realmente adorei neste ano, mas escolhi este como o melhor porque ele me intrigou desde o início, e eu não achei nenhuma parte monótona ou boba. Ele foi consistentemente bom, a história é diferente suficiente para eu ter indicado para um milhão de pessoas até agora. 

Outros concorrentes da categoria: "Estudos sobre veneno" (Maria V. Snyder); "Amante da Fantasia" (Sherrilyn Kenyon); "Perdida" (Carina Rissi) e "Até eu te encontrar" (Graciela Mayrink).

Melhor autor/a (diretor): Tahereh Mafi,  autora de "Estilhaça-me" 

Olhando os autores que eu conheci em 2014, soube que essa seria a vencedora desta categoria. Como podem ler na minha resenha sobre o livro acima citado, eu me surpreendi muito com ela. Não gostei tanto do livro quanto do modo de escrita da autora. Para mim, aquele estilo "riscado" de escrever e de mostrar os pensamentos da personagem foi bastante inovador e agradável. Em alguns momentos foi até poético e eu gostei muito de ver que, não é só porque é "mais uma daquelas trilogiaszinhas distópicas" que não pode ser literatura de qualidade. 

Outros concorrentes da categoria: Christina Lauren (da série Irresistível, porque eu devorei a série), Sarah Jio (de "As Violetas de Março", que me fez curtir um novo estilo de livro) e Bella Andre (da série "Os Sullivans", que eu já conhecia de outros anos e continuo amando).

Melhor livro em língua estrangeira: Neste ano, tudo que li foi escrito ou em português ou em inglês e para mim esta categoria seria composta de livros em alguma outra língua.

Melhor livro nacional: "Perdida", Carina Rissi + "Até eu te encontrar",  Graciela Mayrink

Só li estes dois livros nacionais esse ano e fui incapaz de decidir entre eles. Nos dois casos, eu fiquei até de madrugada (coisa raríssima de acontecer) lendo-os, devorando-os em pouco  tempo. Em "Perdida" eu ri mais, mas em "Até eu te encontrar" havia um pouco de magia e me fez relembrar bons tempos da minha vida. Conheci a Graciela e ela é uma coisa fofíssima e seu livro também, portanto gostaria de dar o prêmio somente para ela, mas não posso. "Perdida" foi realmente muito bom também.

Melhor livro não-ficção (documentário): Neste ano, não li nada de não-ficção. Normalmente não leio esse estilo, na verdade.

Melhor conto (curta-metragem): "Colinas como elefantes brancos", Ernest Hemingway

Trabalhei com esse conto no meu curso de pós-graduação em tradução. Já conhecia e adorava Hemingway, e apesar de ter dado bastante trabalho fazer essa tradução, cada passo, descoberta e decisão a respeito do texto foi apreciado, principalmente ao compreender o significado oculto de que a história tratava.


Outros concorrentes: "Amigo Secreto: A lista de desejos" (me fez odiar menos a autora, Sylvia Day); "Extase", "Candy Store" e "Uma Noite Perfeita" (da Bella Andre, que eu já adoro, mas achei menos empolgantes que os seus romances); "Lamb to the Slaughter" (de Roald Dahl, autor de "A fantástica fábrica de chocolate", mas nem um  pouco infantil, também conhecido pelo curso de tradução).


Melhor capa (fotografia): Teardrop (Lágrima v.1), de Lauren Kate


Infelizmente, comigo "quem vê cara, não vê coração" funciona na literatura. Normalmente os livros que eu mais amo a capa, tenho problemas com o conteúdo, e esse foi um dos que mais se encaixaram nesse problema até agora. Gente, amei essa capa, é em relevo, tem azul e a fotografia é linda, parecendo encaixar perfeito na sinopse. Comprei e a história não foi tão apaixonante quanto a capa dele, mas ainda assim, devo dar uma chance para a continuação, assim que eu tiver ela, que, por sinal, também tem uma capa maravilinda.


Outros concorrentes: "Cretino Irresistível", de Christina Lauren; "Estilhaça-me" de Tahereh Mafi; "A escolha", Kiera Cass


Melhor mocinho (ator): Will Sumner, de "Playboy Irresistível" (Christina Lauren)

Quase outro empate, entre Julian da Macedônia e Will Sumner, mas resolvi decidir entre os dois, proque o livro do "Playboy Irresistível" eu li duas vezes, enquanto o de Julian apenas uma, ainda que praticamente em um dia só e totalmente babando. Will para mim foi Irresístível pois me identifiquei demaaaaaaais com a Hannah, uma nerd pesquisadora e o romance deles é tão fofoooo <3

Outros concorrentes: Julian da Macedônia, de "Amante da Fantasia" (Sherrilyn Kenyon); Travis Maddoxx de "Desastre Ambulante" (Jamie McGuire).

Melhor mocinha: Yelena Zaltana, de "Estudos sobre Veneno"

O livro não era meu, passou pela minha vida. É o primeiro de uma trilogia, e apenas os dois primeiros livros foram publicados em papel pela editora Harlequin. É um livro de fantasia e magia e distopia também. Me lembrou um pouco a trama de "O trono de vidro" (de Sarah J. Maas) que eu li até a metade só, mas pretendo terminar um dia. Yelena passa por poucas e boas: órfã, presa e sentenciada a morte por matar um agressor do orfanato e "salva" da forca, com a condição de se tornar "provadora de comidas" (possivelmente envenenadas) do General do seu país. Ela também sabe lutar, usar magia e ah, é trapezista. Teria que escrever uma resenha inteira sobre ele, mas eu garanto. Ela não é "fazida", nem melosa e é nada clichê.

Outros concorrentes: America Singer da série "A Seleção" (Kiera Cass), Tris da série Divergente (Veronica Roth), Lori Sullivan de "Em meus pensamentos" da série "Os Sullivans" (Bella Andre).


****

Opinião:

Esse balanço de fim de ano é interessante de se fazer. Em 2014 li mais que nos outros anos, mesmo tendo começado a trabalhar como professora a partir de agosto. Estou feliz de ter conseguido começar o blog e publicado nele mais regularmente do que imaginava que aconteceria. 

Planos pra 2015?
Continuar com o blog e talvez divulgá-lo mais. Nunca foi minha intenção fazer dele um daqueles blogs UAU cheio de frufrus e promoções, mas já estou mudando de ideia. Quero trazer uma outra blogueira pra participar entre outras coisas. Você tem alguma sugestão?


Quanto ao "Oscar Literário", este ano eu já li 8 livros, tendo resenhado alguns para vocês. Dois deles levaram 5 estrelas no meu Skoob: "Ligeiramente Casados" (já resenhado) e "O destino do tigre" (parte final da A Saga do Tigre, de Colleen Houck, que ainda não resenhei, e farei em conjunto em breve). Teremos que esperar para ver se eles se manterão como competidores sérios pro "Oscar" do ano que vem =)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

[Filmologia II] O Homem Duplicado (Enemy, 2014)

Retirei esse DVD  na sexta-feira junto com outros 3. Escolhi esse devido a indicação do atendente. Na verdade ele não indicoooooou. Era um lançamento e ele disse que queria ver e perguntou se eu já tinha visto. NOTA MENTAL: Nunca mais entender isso como uma indicação...




Sinopse: Um pacato professor de história descobre acidentalmente a existência de um sósia seu, um ator, quando assiste a um filme banal. Ele, então, resolve ir atrás de seu duplo, envolvendo sua namorada e a esposa dele, em uma trama de suspense que muda a vida a vida de todos os personagens.

Elenco: Jake Gyllenhaal, Jake Gyllenhaal (sim, eu também não acredito que vi um filme com DOIS Jakes Gyllenhalls), Mélanie Laurent, Sarah Gadon e Isabella Rossellini (por tipo, 3 segundos).

O  diretor Denis Villeneuve é digno de menção. Eu incrivelmente sabia quem era, pois a caixinha do DVD mencionava dois de seus filmes: "Incêndios" e "Os Suspeitos", que eu já vi. Na verdade, de todos os três filmes dele já citados aqui até agora, "INCÊNDIOS" é o que eu devia estar escrevendo sobre. É muito bom. Interessantíssimo!

Já "O Homem duplicado"... Pff! Se fosse um homem único seria mais ou menos ruim, duplicado então...

Sobre os atores: Jake Gyllenhaal nunca me chamou atenção em nenhum papel, apesar de eu conseguir citar alguns de seus trabalhos: "O dia depois de amanhã","Amor e outras drogas" e "Contra o tempo".  Ele é irmão da também atriz Maggie Gyllenhaal.
Mélanie Laurent, a namorada de uma das versões de Jake, é a Shoshana/Emmanuelle Mimieux em "Bastardos Inglórios" e também atuou no filme "O Truque de Mestre", como uma detetive misteriosa.


O FILME QUE EU VI...


"O caos é uma ordem por decifrar" (citação na abertura do filme)

A história é baseada no livro homônimo de José Saramago. Não li o livro, tenho um pouco dificuldade (eu preciso de parágrafos e capítulos, sinto muito) e preguiça com os títulos dele. Apesar da minha dificuldade de lê-lo, as histórias que eu conheço são muito interessantes e peculiares.


Tendo dito isso, acho que esperava um filme bem diferente. Algo mais político e filosófico, bem mais concreto do que recebi. O filme confunde o espectador de propósito, entendi isso. Já vi filmes assim, e achei bastante legal quando no final houve uma "moral", um gancho, mesmo que pequeno, para que eu pudesse elaborar uma teoria sobre o que vi. Esse não tem. Ou se tem, não peguei...


Busquei resenhas sobre o livro e o filme, para me ajudar a elaborar o que tinha acabado de sofrer visualmente. Já tinha feito isso após ver outros filmes interessantes e misteriosos, como por exemplo "2001 - Uma odisseia no espaço". Sabe aquele final do 2001, com o bebê e o quarto e tal? Pois é, encontrei várias teorias que me ajudaram a começar a compreender o final do filme e criar a minha própria ideia sobre ele, mas nesse aqui não.


Em "O Homem Duplicado" o dilema me pareceu ser falar sobre o "ser" versus o "querer ser", sobre a busca de si mesmo nos tempos atuais. Agora, me diz, o que o clube erótico e a grande aranha tem a ver com isso? 


Uma das resenhas que li, menciona que a aranha é cheia de simbolismos (aguardem aqui uma coluna de curiosidades sobre a aranha, assim como fiz a do corvo).  Aí, compartilho com vocês minha única extrapolação a respeito da aranha na trama. Um dos Jakes era casado e o outro tinha uma namorada um pouco esporádica ao meu ver. Isso, para mim, se relaciona com o fato de muitos homens se sentirem "presos na teia da aranha" ao estarem em um relacionamento sério, tipo casamento, mas é só até aí que eu vou.


Quem me conhece pessoalmente sabe que minha imaginação é bem ativa, mas com esse filme, eu falhei. Não viajei na maionese suficiente para conseguir digerir essa duplicidade de Jakes aí... Desculpe aí, 'Sara'!


Nenhuma das atuações é memoravelmente boa ou ruim. O Jake é razoável, pois percebe-se diferenças entre os dois homens interpretados por ele, mas em certo ponto do filme, a gente se confunde. Isso não é problema de atuação: creio que era proposital. 


E cá estou eu, uma vítima do propósito, buscando encontrar uma ordem no caos dessa película, enquanto o Jake e muitos outros homens contemporâneos buscam ordenar seus caos interiores. 


Será que era isso?


Recomendaria? Somente para quem leu o livro de Saramago e gostou, ou para quem gosta de filmes malucos e filosóficos, sem conclusão.

Veria de novo? Não.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

[Resenha 16] Ecos da Morte - Kimberly Derting (Ecos da Morte #01)

** Um livro que eu queria muito ler e não me decepcionou **


Ecos da Morte. Kimberly Derting.
Editora Intrinseca.


Série " The Body Finder"
1. Ecos da Morte (The Body Finder)
2. Desejo dos Mortos (Desires of the Dead)
3. The Last Echo
4. Dead Silence

Sinopse: Violet Ambrose tem dois problemas – o dom mórbido e secreto que carrega desde a infância e Jay Heaton, seu melhor amigo, por quem está apaixonada. Aos dezesseis anos e confusa com os novos sentimentos em relação a Jay, ela começa a ficar cada vez mais incomodada com sua estranha habilidade – Violet encontra cadáveres. Desde pequena ela percebe os ecos que os mortos deixam neste mundo. Ruídos, cores, cheiros. Mas não todos, apenas os das vítimas de assassinato. Para ela, isso nunca foi um grande talento. Na maioria das vezes, tudo o que encontrava eram pássaros mortos, deixados para trás pelo gato da família. Mas, agora que um serial killer está aterrorizando a pequena cidade onde mora e os ecos das garotas assassinadas a perseguem dia e noite, Violet se dá conta de que talvez seja a única pessoa capaz de detê-lo. Em pouco tempo ela estará no rastro do assassino. E ele, no dela.

Opinião: Primeiramente agradeço ao empréstimo da Evelyn (autora do blog Sleeping Child Reloaded, o link tá ali do lado) e ao grupo Livro Viajante do Skoob. 

Esse livro não é o melhor da década, nem do ano, nem nada. Ele é simplesmente um bom passatempo e um passatempo bom. Eu tinha visto esse livro no Skoob há muito tempo e tinha me interessado muito por ele. É tipo de romance que eu gosto de ler, que me toca devido ao seu conteúdo romântico. Faz um tempinho que terminei de ler o livro e acabei adiando a resenha. Ele não é um livro super diferente, entende? Ele acaba sendo mais do mesmo, mas é um mais do mesmo bom, bem estruturado e bem escrito, com algum suspense, fato que rendeu até um pouco de ansiedade de terminá-lo. 

Violet é uma menina que tem um dom de sentir/saber que algo morto está próximo dela, dom que ela chama de "Eco". Ela costuma sentir animais mortos, mas começa a ficar preocupada quando passa a achar de garotas adolescentes. O pai, a mãe e o tio (que é policial) sabem do dom dela, e começa a rolar uma parceria Violet- Tio -> Polícia para achar o assassino. Além disso, terminaram as férias de verão e Jay, o amigo de infância de Violet, acabou de passar (e muito bem) pelas mudanças da puberdade. Agora ele está chamando atenção de todas as meninas da escola, inclusive de Violet, que nega até o último fio de cabelo que algo tenha mudado entre eles, mas a verdade é que ela tá louca por ele<3 rsrsrs

O fato de a autora intercalar alguns "pontos de vista do assassino" torna tudo um pouco mais interessante, mesmo que o suspense não seja nada genial e que eu tenha sacado de antemão a "virada" na história dos crimes. Ainda assim, é um bom divertimento e eu devorei. É um livro leve e fácil e romântico.

O livro não explora em nenhum nível a origem do dom de Violet. Comenta, se não me engano, que a avó dela também possuía esta capacidade. Entendi que esse não era o propósito da história. Pareceu para mim que a autora colocou um suspensezinho na trama, cujo romance de pano-de-fundo na verdade é o principal.

Na real, pessoal... O que eu entenderia ao ler esta resenha é que é um livro bem fraquinho. Foi isso mesmo que eu senti. Ele não é fraco de ruim, só de pouco complexo. Em defesa de "Ecos da Morte": dentro de sua pouca complexidade, ele está bem escrito, não deixou a desejar para mim. 

Apesar de ser uma série de 4 romances, não tenho vontade e nem sinto necessidade de ler os próximos livros. E me sinto feliz por isso! Pelo menos uma que eu não preciso seguir  
Anne 1 x Séries 999,5.

Recomendaria? Sim. Para adolescentes e para pessoas que tem interesse em pessoas sensitivas e em romances entre melhores amigos.

Releria? Talvez. Quanto a continuar a série: provavelmente não vou. A Intrínseca descontinuou a publicação em português depois do segundo volume.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

[Filmologia I] Caminhos da Floresta (Into The Woods, 2014)

Filmologia I

Comecei essa tag no meu blog porque costumo ver muitos filmes. Comentarei  sobre os que acho que valem a pena ser comentados. Fui ver este primeiro com minha "irmãprima" no cinema. Foi uma desculpa razoável e um filme bem mais ou menos, mas tem bastante gente interessada nele, já que está concorrendo ao Oscar e tem vários atores conhecidos.


Sinopse (site): Uma bruxa (Meryl Streep) está decidida a dar uma lição em vários personagens famosos dos contos de fadas, como Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e Rapunzel. Cabe a um padeiro e sua esposa a tarefa de enfrentá-la, de forma a colocar as histórias e seus personagens em ordem.

Elenco:  A atriz e o ator que fazem o casal Rapunzel e príncipe delaAnna Kendrick (no meio em cima), Johnny Depp (ao lado dela), Emily Blunt (no canto direito, em cima). Daniel Huttlestone (o menino, que faz o João), Meryl Streep (a bruxa), James Corden (no meio embaixo), a Lila Crawford (chaaaaaaaa(ta)peuzinho vermelho) e Chris Pine (canto direito, embaixo).


Nova Sinopse ; -)
(Aquela história da "lição em todos os contos de fadas" é viagem. Até que a maldição tinha sido lição mas para o PAI do padeiro que nem é parte dos contos!)

Uma maldição lançada pela bruxa que mora ao lado é o motivo pelo qual um padeiro e sua mulher não conseguem ter filhos. Para desfaze-la, a bruxa pede que o casal consiga: a capa vermelha como sangue, a vaca branca como leite, o cabelo amarelo como milho e o sapato dourado como ouro, e então todos os personagens das histórias se encontram... Dentro da floresta.

Sobre os atores: 
A Anna Kendrick é uma jovem mais conhecidinha por sua participação em Crepúsculo (Jessica, a capitã do time de vôlei) e por Becca (A escolha perfeita), mas que também fez o sério (e totalmente sem graça "Amor sem escalas").
A Emily Blunt (sempre a coadjuvante) já participou de mais filmes que eu imaginava. Além de "O Diabo Veste Prada", ela está também em "O Clube de Leitura de Jane Austen" e "No Limite do Amanhã" e nem parece a mesma pessoa, enquanto Srta. Kendrick está com a mesma cara de sempre.
O menininho Daniel Huttlestone eu saquei desde o começo. Este é o segundo filme dele e o seu segundo musical. O primeiro foi "Os Miseráveis", ele fazia Gavroche. 
O Johnny Depp aparece como o lobo mau e essa foi a parte mais convincente, adulta e assustadora do filme para mim. Ele mal aparece e logo morre.


O FILME que eu vi...

Foi um divertimento bom, mas foi bem menos do que eu esperava. Esperava que a mistura de histórias clássicas fosse durante todo o filme, mas na primeira parte da história as coisas ficam bem separadas. Na segunda metade do filme, quando tudo realmente se mistura, a viagem é tanta que eu sinceramente não curti. O fim então... Achei total viagem. Minha prima olhou para mim uns vinte minutos antes do fim, sacando o que ia acontecer e quando ela disse o que eu pensei foi: espero que não, mas acho que é isso mesmo. 

Acho que eu torcia para que os fins de cada personagem fossem um pouco mais tradicionais. A atuação da Meryl Streep foi boa, mas não colocaria entre uma de suas mais memoráveis e a de seus colegas também não foram excepcionais. 

Não fui com a cara (nem com a voz) da Chapeuzinho Vermelho desde o inicio e fiquei de má vontade com ela. O menino João, aquele do pé de feijão que era o mesmo de "Os Miseráveis" não canta nem atua mal, mas a todo momento eu achava que os revolucionários franceses iam chegar para entrar no coro dele...

É. Acho que não gostei desse filme não.

Recomendaria? 
Como um bom divertimento nos cinemas, mas sem muita ênfase.

Veria de novo? 
Olha, acho que não, hein...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

[Resenha 15] O voto de lenobia - P. C. Cast & Kristin Cast (House of Night Novella #02)

** Dá para ser lido como romance individual**


O Voto de Lenobia, P. C. Cast & Kristin Cast
Editora Novo século.
158 páginas



Novelas de House of Night:
01. O Juramento de Dragon (Dragon's Oath)
02. O Voto de Lenobia (Lenobia's Vow)
03. Neferet's Curse (A maldição de Neferet) - apenas em inglês , por enquanto.
04. Kalona's Fall (A queda de Kalona) - apenas em inglês, por enquanto.


Sinopse: Evreux, França, 1788: Antes de se tornar a professora favorita de Zoey, Lenobia é apenas uma garota normal de dezesseis anos... mas com problemas suficientes para uma vida inteira. Filha ilegítima de um poderoso barão, ela tem de cuidar de sua mimada meia-irmã, Cecile. E, como se isso não bastasse, sua marcante beleza atrai indesejada atenção aonde quer que vá. Mas o destino intervém, e Lenobia de repente se encontra cercada por outras garotas em um navio rumo a Nova Orleans, onde deverão se casar com os rapazes mais ricos da cidade. E elas não estão sozinhas. Um maligno bispo, perito em magia negra, faz a mesma jornada. Durante a viagem, um generoso rapaz e seu belo cavalo logo capturam a atenção da jovem Lenobia, despertando em seu coração o desejo de um amor proibido. Descubra mais sobre uma de suas professoras favoritas no novo e muito aguardado spin-off de House of Night.


Opinião:
Sou fã de "House of Night", a série de 12 livros (último publicado outubro de 2014 em inglês e prestes a sair em português neste mês). Li e reli toda a série "principal", que se passa numa escola para um tipo um pouquinho diferente de vampiros. Os vampiros desta série são Marcados como novatos por volta dos 16, 17 anos, com uma tatuagem na testa, por um rastreador, e podem desenvolver afinidades especiais com algum dos 5 elementos: água, terra, fogo, ar ou espírito.

Nessa escola as aulas não são comuns. A professora de Equitação e Cuidadora dos Cavalos na Morada da Noite (House of Night) de Tulsa é a Professora Lenobia. Desde os primeiros livros da série principal gostei dela. Ela é sensível mas forte e ao perceber um carinho de Zoey (a principal protagonista da série) por uma de suas éguas, ela permite que Zoey venha visitar o cavalo para escová-lo e acalmar-se, o que para a adolescente em crise acaba sendo um tipo de terapia.

Em "O Voto de Lenobia" conhecemos a história prévia de Lenobia, filha bastarda de um nobre francês. Após a morte da filha legítima que muito se assemelhava a Lenobia, a "maman" dela a obriga tomar o lugar de Cecile, num barco para o Novo Mundo, onde Cecile se casaria com um dono de terras. A mãe de Lenobia vê aí a oportunidade de dar a filha uma vida nova, longe dos estábulos, da cozinha e dos olhares desejosos de um sacerdote muito do safado. O Bispo, que era cruel e tinha relações com várias mulheres e coroinhas, quisessem eles ou não, já tinha posto seus olhos em Lenobia, moça bonita dos cabelos loiros como palha.  Ocorre que o tal Bispo também é enviado para o Novo Mundo, castigado pelo Papa e fará sua viagem no mesmo barco que Lenobia.

(Não gosto de fazer sinopses em minhas resenhas, portanto, paro aqui)

O livro é curto. A história de Lenobia já é um pouco conhecida pelos leitores da série principal: sabemos que ela teve um amor chamado Martin, que não foi possível que ficassem juntos. Sabemos que algo aconteceu a eles envolvendo fogo. Também sabemos que Martin era mulato (na verdade criolo, mistura de raças típica de Nova Orleans, com a pele cor de café com leite e uma cultura toda especial). Vemos como Lenobia se aproximou de seus cavalos e porque os ama tanto e também vemos como ela é marcada.

Para quem não conhece a série de livros, é possível ler o livrinho e apreciá-lo. Acho que a única parte que tal pessoa ficaria sem compreender completamente é a parte em que Lenobia é Marcada. Talvez também passem em branco alguns detalhes, mas nada que impediria uma boa compreensão.

Para quem conhece a série, nesse livro temos um pouco mais de fechamento para a trama paralela de Lenobia. Em "Escondida" (11) de House of Night também temos um pouco de explicações e história. Assim como na outra novela (que fala sobre o Professor Dragon), esta permite que entendamos melhor o que se passa na série principal, já que cada vampiro-professor tem uma história pregressa (alguns bem longa) que o faz agir do modo que age. Assim como quando lemos "O Juramento de Dragon", que explica mais sobre as atitudes do professor de Esgrima e Mestre das Espadas da Morada da Noite de Tulsa em seus ultimos dias, somando este romance à Escondida, a compreensão sobre Lenobia fica completa.

Achei o começo um pouco chatinho e fiquei com medo do Bispo, mas rapidamente entramos no navio Minerva, junto com Lenobia e tudo fica mais interessante e instigante.

Recomendaria? Recomendo (óbvio) para quem lê a série House of Night, para conhecer um pouco mais a Prof. Lenobia, caso goste dela. E também recomendo para quem se interessa por cavalos, por fantasia e até, porque não, por romances históricos.

Releria? Acho que não. Não porque não tenha gostado. Gostei, mas não sinto necessidade e não me apaixonei por ele.