Todo Dia, David Levithan.
280 páginas.
Romance não-série.
Editora Record. Selo Galera Record.
Sinopse:
"Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor."
Opinião:
Esse é outro livro que simplesmente AMEI.
Já o tinha visto muitas vezes, pegado ele na mão, lido a sinopse e achado uma VIAGEM. Tinha lido partes de "Julieta Imortal" (Stacy Jay) e "A Hospedeira" em que há "mais de uma pessoa dentro do mesmo corpo" e abandonado os dois livros, por achá-los muito doidos, mas quando percebi que este era do mesmo autor da história "Nick & Nora - Uma noite de amor e música" e vi algumas pessoas que respeito falando muito bem dele, resolvi dar uma chance. Li ele como LV da amiga Rafaella Lima.
(Simplesmente amei esse filme e já assisti algumas vezes. Sempre que passa eu vejo =D)
Então... Resolvi dar uma chance a ele. Apesar de notar que adolescentes são o público alvo, ainda assim pude apreciar muito a leitura. O personagem principal é "A" que é um "ser" que acorda cada dia num corpo de um adolescente de 16 anos diferente (isso é melhor explicado na leitura do livro e como é confuso, melhor deixar para você entender ao ler). No primeiro dia que é retratado no livro, "A" é um rapaz que tem uma namorada e normalmente menospreza ela. "A" se apaixona por Rhiannon, a tal namorada, e a trama do livro é desenrolada enquanto ele tenta, mesmo sendo uma pessoa diferente todo dia, encontrá-la de qualquer jeito.
Adorei o tal fato de cada dia ser um adolescente diferente: um dia é uma guria que usa drogas e "A" decide não usar então passa todo aquele dia em abstinência. Noutro dia, é uma guria que preferia ser menino, tem uma namorada e é bem masculina e feliz com isso. Noutro dia, é uma patricinha bem nojenta com todo mundo. Ele também é uma menina asiática aplicada, um cara que tem que ir no funeral do avô que era como um pai pra ele, um menino muito muito muito gordo, um atleta, um garoto gay e alguns outros tipos de adolescentes que encontramos por aí...
Passei a leitura inteira pensando: "Eu ia AMAR MAIS AINDA esse livro se eu tivesse 16 anos". Assim que pude, dei ele de presente para uma amiga que completou 16 anos. Acho que gostaria de dar esse livro de presente para todas pessoas que completam 16 anos! #FICADICA Ele trata de todos dilemas e confusões mentais que um adolescente costuma ter. Sobre beleza, família, amor, gênero, morte e muitas outras coisas. A única constante na vida de "A" é o amor dele por Rhiannon. Ele não sabe quem ele será, onde estará, que tipo de família terá no dia seguinte. Ele só sabe quem ele ama.
Acho que isso é uma perfeita metáfora para a vida adolescente. O amor parece infinito quando somos jovens e ainda não nos acomodamos e nem fomos marcados pela realidade. Parece uma metáfora, mas no livro é real. Fiquei esperando que o drama da existência de "A" se resolvesse e não fazia ideia de como seria o fim da história. Fui positivamente surpreendida pelo desfecho, que eu entendi como outra metáfora acerca de um dos grandes problemas da adolescência: o fato de que ela acaba, depois de nos moldar a personalidade e a cabeça para sermos adultos.
** Fico por aqui, mas poderia escrever e escrever e escrever milhares de detalhes e analogias que fiz em cima desta trama. Acho que foi o suficiente, não foi? **
Recomendo???
Sim! Principalmente para adolescentes com idades ao redor de 16 anos, mas adultos também podem apreciar toda a trama, com suas memórias dessa época.
Releria??
Talvez. Gostei muito da trama, e esse livro teria potencial de se tornar um de meus preferidos quando adolescente, mas hoje em dia, acho que não releria, apesar de ter ADORADO.
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