*** Surpresas positivas e um texto muito bem escrito ***
Estilhaça-me - Tahereh Mafi
Editora Novo Conceito. Livro 1 de 3.
Série Estilhaça-me
Livro 1. Estilhaça-me
Novela 1.5 Destrua-me
Livro 2. Liberta-me
Novela 2.5 Fragmenta-me
Livro 3. Incendeia-me
Sinopse: "Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro."
Opinião:
(Segunda resenha de 2015. Segunda protagonista chamada Juliette, apesar de ter sido lido ano passado. Coincidência? =))
O livro começa com Juliette, trancafiada numa cela bem xumbrega há 264 dias. Quem a colocou lá? Porque? Bem... O toque de Juliette pode matar uma pessoa e por isso que ela acabou presa. Ela pouco sabe do mundo exterior, até que colocam outra pessoa na mesma cela dela.
Não qualquer pessoa, um garoto.
Não qualquer garoto, Adam.
Juliette conhece Adam. Adam parece não reconhecê-la, mas... Não vou contar nada da trama.
Eu gostei do livro. Comecei adorando, mas aí no segundo terço achei um pouco monótono, e o terceiro terço... UAU. Empolguei bastante.
Gostei do fato de os capítulos serem curtos, o livro fluiu muito bem. Apesar de diferente, o modo de narração diferente e de layout de escrita, me agradou. Achei poético e gostei muito do uso do risco por cima de algumas frases e palavras (como demonstrado na capa do livro, ilustrada acima), apesar de eu levar um tempinho pra me acostumar com o estilo. Esse novo estilo demonstrou muito bem a indicada loucura de Juliette e a autopenitência dela, não se permitindo pensar certas coisas. Isso pra mim ficou muito claro.
Gente, sério. O final de "Estilhaça-me" me surpreendeu. Isso é raro. O livro é claramente uma distopia. Eu esperava que depois que Juliette finalmente chega as ruas da cidade, ela desse uma de Katniss ou Tris, mas o livro muda e eu gostei bastante do rumo que tomou. Conheço gente que não se agradou dessa virada. Ela lembra muito uma série de filmes eu gosto, mas se eu disser qual é, pode estragar a surpresa. A graça pra mim foi descobrir isso e estou ansiosa para ver nos próximos livros o que acontecerá.
Pontos fracos? A explicação da trama distópica, que trata do Restabelecimento e conta o que aconteceu ao mundo e aos governos. Para mim, ficou mal explicada. Foi colocada muito superficialmente no meio de algumas conversas entre os personagens e mesmo assim ficaram buracos que não me convenceram muito do porquê de tal governo totalitário.
Curiosidade: Como a autora tem feições de origem árabe, e em todas as fotos aparece usando um lenço tradicional muçulmano, eu esperava que ela fosse do Oriente Médio e comecei o livro imaginando os personagens com feições de lá. Durante a leitura me deparei com personagens de descrições não-árabes, bastante caucasianos até. E mais adiante até entende-se que a trama se passa nos EUA. Fui pesquisar: a autora é bem americana, e casada com o escritor, Ransom Riggs, autor de "O Orfanato da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares".
Recomendaria?
Sim, recomendo para quem gosta de quadrinhos e de distopias ;-)
Releria?
Estou lendo o "Destrua-me" (somente em ebook) e já pedi que uma outra amiga me emprestasse o segundo livro. Não acho necessário reler todo livro, mas algumas passagens eu releria.
Sério que ela é casada com Ransom Riggs? Nunca imaginei!! Me lembrei de uma conversa que tivemos em BH, hahaha!
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